Caro/a Associado/a
Um breve apontamento da nossa história…
Abril de 1974. Surge a ideia de ser utilizado o hospital situado na Gala, projetado para um hospital para doenças ósseas e de recuperação ou um hospital hélio-marítimo, mas encerrado há anos.
Um grupo de afoitos altruístas, exigiram, escassos dias após o 25 de abril, através do envio de um telegrama à Junta de Salvação Nacional, a abertura do hospital.
A resposta não demorou. O hospital foi visitado pelo então Secretário de Estado da Saúde, desenrolando-se a partir daí os trâmites que culminaram com a constituição do Hospital Distrital da Figueira que integrou o Hospital Distrital pertencente à Santa Casa da Misericórdia e a Maternidade da Casa da Mãe, que seriam fisicamente transferidas para o Hospital Distrital da Figueira, o Hospital da Gala como ficou conhecido.
A ocorrência de uma epidemia de cólera em dezembro de 1974 ditou a abertura urgente de uma área, tendo o Hospital aberto ao público, quase completamente, apenas no segundo semestre de 1975.
A Santa Casa da Misericórdia da Figueira foi, algum tempo depois, transformada em lar da terceira idade e a ex-Maternidade da Casa da Mãe, após ser aproveitada, durante anos, para hospital de apoio e retaguarda e lar de enfermagem, foi posteriormente encerrada.
Dezembro de 1975. O edifício da Gala começa a ser povoado com a transferência dos serviços da velha Misericórdia e da Casa da Mãe.
Já se opera e a Urgência começa a funcionar. Mas não havia sítio onde se pudesse tomar um café!
Alguns funcionários vão conversando sobre os bares e as atividades das Casas do Pessoal de outros hospitais e num dos plenários, que então aconteciam com certa frequência, propôs-se a criação de uma Casa do Pessoal com um bar.
A ideia foi largamente apoiada e logo se começou a pensar no bar e respetiva máquina de café, nas atividades de convívio que se poderiam organizar e num emblema (ainda não se dizia logótipo).
A máquina custava cerca de 40 contos (na altura os nossos vencimentos andavam abaixo dos 15…) e não havia um centavo. Valeu o empréstimo de um bom Homem, a quem se foi pagando com as receitas dos cafés.
Entretanto a Comissão Instaladora do Hospital cedeu uma sala, fez-se um balcão nas oficinas e deu-se início ao serviço de bar, onde os elementos da designada Comissão Instaladora iam servir os cafés a meio da manhã e depois do almoço.
Ao mesmo tempo, organizou-se um coro e um grupo de teatro e ia-se pensando nas atividades do desporto, mais acessíveis, como o futebol de salão e o ténis de mesa.
Não podia esquecer-se o emblema. Tinha que ter uma cruz, como símbolo tradicional dos hospitais, mas no contexto da época teria que ter também algo que representasse a paz e a amizade que pretendíamos entre todos, que ficou simbolizado na pomba estilizada que é hoje o nosso logótipo. Assim se formaram o emblema e a bandeira.
Os grupos coral e de teatro atuaram logo na festa de Natal para os doentes em 1976.
Houve necessidade de elaborar estatutos e regulamento interno, para que a associação pudesse ter uma certa organização e viesse a ser formalmente constituída.
Assim aconteceu. A coletividade foi fundada em vinte e sete de janeiro de mil novecentos e setenta e seis, e constituída em 2005 como CENTRO CULTURAL E DESPORTIVO DA CASA DO PESSOAL DO HOSPITAL DISTRITAL DA FIGUEIRA DA FOZ. Tem a sua sede na Rua Dr. Mendes Pinheiro, freguesia de S. Julião/Buarcos do concelho de Figueira da Foz, precisamente numa área da ex-Maternidade da Casa da Mãe.
Dita o artigo 2.º dos Estatutos que a CASA DO PESSOAL tem por fim a promoção cultural dos sócios, através da educação cultural, física e desportiva e a ação recreativa, visando a sua formação humana, para o que orienta a sua ação dentro de princípios de solidariedade e união, conforme se traçou no artigo 5.º do Regulamento Geral Interno.
Muitas foram as Direções que entretanto se sucederam, todas compostas por grandes Mulheres e Homens que, com espírito altruísta e resiliente, dispondo do seu tempo e energia, sempre conseguiram com as suas ideias e projetos em prol do cumprimento da missão proposta, fazer rumar a CASA DO PESSOAL a porto seguro.
A sede da CASA DO PESSOAL, com cerca de 180 m2, têm sido alvo ao longo dos tempos, de várias intervenções necessárias, a fim de assegurar a dignidade da sede bem como as condições necessárias aos trabalhos da Direção e da Assembleia, aos ensaios do grupo de cantares, a algumas das atividades desenvolvidas, bem como aos associados que a requeiram.
Deixamos-vos com as últimas alterações sofridas, no ano de 2020, entre as quais se tornou possível algumas recuperações e melhorias há muito desejadas, contribuindo para homenagear a história da ex-Maternidade da Casa da Mãe.
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https://cloud.diogojesus.lu/index.php/s/NcFwbNHGZL2zSaE
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Outros planos e concretizações decerto virão!
“VAMOS EM FRENTE AGORA E SEMPRE”!